Esse post não é uma resenha sobre o livro A troca – de Beth O’Lery, é mais uma indicação e percepção minha dessa leitura.
Contextualizando um pouco, já faz um tempo que vinha em uma pegada de ler livros mais teóricos, mas esse ano decidi que iria expandir um pouco, e ler alguns livros mais “tranquilos”.
No final de semana fui viajar para uma casa de campo e queria um livro bem tranquilo para ler, e olhando na minha estante lembrei que tinha o livro A troca.
Pois bem, me permiti levar e foi a melhor escolha. Foi o primeiro livro que li da Beth O’Leary, sei que ela tem um outro livro muito famoso Teto para dois, e já estou curiosa para ler.
Mas ler A troca aqueceu meu coração, achei tão tranquilo a leitura, fluida e a história super bonitinha. Um ótimo livro para sair de ressacas literárias.
Abaixo vou comentar um pouco sobre o livro e sobre o que achei. Podem conter alguns spoilers de leve haha
O livro a troca fala sobre a história principal de duas personagens Leena 29 anos e Eileen sua avó 79 anos.
Leena é uma jovem que mora em Londres, e tem a típica vida dos sonhos que todo jovem quer, dividi apartamento com amigos, tem um ótimo trabalho e um namorado gentil.
Já Eileen sua avó, uma senhora de 79 anos, mora sozinha em sua cidade natal, leva uma vida pacata, porém cheia de projetos relacionados ao bairro e se encontra num momento que está a procura de um novo amor.
A histórias de ambas se conectam para além de serem da mesma família, recentemente elas perderam para o câncer a Carla irmã de Leena e neta de Eileen, e dessa morte existem muitos traumas para todos os envolvidos, inclusive a mãe de Lenna filha de Eileen.
Após Leena ter uma crise de pânico em uma reunião e colocar tudo a perder com um cliente importante do escritório onde trabalhava, sua chef lhe ordena tirar 2 meses de férias.
Em uma visita a casa de sua avó Leena tem a ideia de fazer a “troca”. Leena reflete o quando sua avó aos 79 anos teve que abrir mão de muitas coisas e abdicar de vivências importantes.
Mas como nunca é tarde, Leena sugere que sua avó viaje para Londres e viva a vida que sempre quis durante esses dois meses, e Leena ficará pela cidade natal para tentar descansar e se reconectar com a mãe a qual tem um conflito por conta da morte da irmã.
E ambas não trocam apenas de endereço, mas também de computadores, celular, projetos, tudo! Para viverem a vida da outra da forma mais imersa possível.
E o livro vai ser narrado de forma intercalada por cada personagem em capítulos que contam suas expiências.
Eu achei o livro muito tranquilo, uma leitura fluida e que te prende. Embora o livro seja classificado como romance, o romance de fato fica em terceiro plano.
A história foca mais em mostrar a evolução e realização das personagens, principalmente de Eileen, que aos 79 anos começa a viver que o sempre teve vontade.
Eileen se cadastra em um aplicativo de namoro, conversa com alguns homens, e vive experiências com os amigos de Leena. A história é bem divertida.
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Muito interessante mostrar a vida de pessoas já com uma certa idade e abordar esse assunto, como ainda é possível você ir atrás das suas vontades e desejos independente da sua idade.
Quando Leena está na casa de sua avó, ela se compromete a realizar os projetos que sua vó fazia parte , como a patrulha do bairro com outros idosos, e nesse grupo com essas pessoas Leena encontra um pertencimento que em Londres ela não sentia.
O livro vai abordar a história segundaria de outros personagens, como a Betsy, uma senhora que vive um relacionamento abusivo.
Ou Letitia que é uma senhora que mora em Londres no mesmo prédio que Leena e seus amigos, e é solitária, mas quando Eileenn chega, faz amizade com ela.
Eu achei que o livro trouxe debates importante, como “ o que realmente nos faz felizes?” Nem sempre o que a gente pensa que irá fazer de fato nos faz.
Como no caso da Leena que achava que tinha tudo em Londres.
Também sobre a solidão na velhice, como pessoas com uma certa idade muitas vezes se sentem e são abandonadas.
Acho que a maior “lição” do livro é que não existem prazo de validade para a felicidade, e a gente pode recalcular a rota a qualquer momento seja você uma jovem de 29 anos ou uma jovem aos 80.